Fotos: Polícia Civil (Divulgação)
A 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Santa Maria está investigando uma série de golpes praticado por uma quadrilha que usa as redes sociais para praticar o crime. De acordo com a Polícia Civil, seriam pelo menos 15 casos registrados, de janeiro até agora, somente em Santa Maria. Os suspeitos de cometerem os golpes são presos do Presídio Regional de Caxias do Sul, que se comunicavam com as vítimas através do WhatsApp, mostrando interesse na compra de produtos (jogos eletrônicos, videogames, televisão e celulares) anunciados no site de comércio eletrônico OLX.
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O primeiro boletim de ocorrência registrado é do dia 24 de janeiro. Segundo a polícia, o esquema funciona da seguinte forma: depois de ver os anúncios pela internet, os suspeitos entram em contato com o anunciante através de mensagens do aplicativo de conversas mostrando interesse na compra do produto. Após, eles enviam uma foto de um falso depósito bancário, para o vendedor acreditar que o valor foi creditado na conta bancária.
Na sequência, segundo a PC, os golpistas enviavam um motorista executivo ou uma tele-moto até a casa das vítimas para buscar os produtos para, depois, despachá-los através de uma transportadora. Ainda conforme a polícia, o comprovante é enviado após o horário de funcionamento bancário e os objetos são entregues logo na sequência da confirmação do depósito, para não dar tempo da pessoa perceber que o dinheiro não tinha entrado na conta.
As vítimas só perceberam que caíram em um golpe no outro dia, ao consultar o extrato bancário e perceber que o depósito não havia sido feito. Além de Santa Maria, há vítimas identificadas em Alegrete, Giruá e outras cidades do Estado. O motorista do executivo que buscava os produtos nas residências das vítimas foi identificado e já foi ouvido pela polícia. Em depoimento, ele disse não saber de que se tratava de um golpe, mas confirmou que recebia um pagamento pelas corridas através de um depósito realizado em uma agência lotérica, e que entregava os produtos para uma transportadora, que enviava os objetos para dois endereços em Caxias do Sul.
Durante a investigação, a equipe da 1ª DP foi até a cidade da Serra Gaúcha cumprir os mandados de busca e apreensão e lá recuperaram alguns objetos na casa da companheira de um detento do Presídio Regional de Caxias do Sul e na residência da mãe de outro preso, que dividem a mesma cela, o que reforça a suspeita da polícia de que o crime esteja sendo praticado por mais pessoas.
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Os produtos eram revendidos através do mesmo site de vendas. A polícia também constatou que os suspeitos usavam dados e o nome de outras vítimas, cilentes para o qual o grupo realizava as vendas, para, depois, continuar aplicando o golpe em outras cidades.
A polícia alerta para que as pessoas desconfiem de quem entra em contato através de aplicativos e que dizem que vão enviar uma terceira pessoa para buscar os objetos, e que a entrega dos bens deve ser feita depois de conferir se o valor, de fato, creditado na conta bancária.